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27 de nov. de 2010

Sites internacionais repercutem onda de violência no Rio de Janeiro

"Cenas de guerra nas favelas do Rio" destaca o site do jornal francês Le Figaro

A onda de ataques no Rio de Janeiro que deixou mais de 30 mortos nos últimos cinco dias virou notícia nos principais sites de jornais internacionais. A rede de notícias árabe Al-Jazeera e o site do jornal francês Le Figaro foram os que deram maior destaque ao confronte entre traficantes e policias na capital fluminense.

"Cenas de guerra nas favelas do Rio" é a manchete do site do periódico francês Le Figaro. A matéria remete para uma galeria com oito fotos de policiais armados nas ruas, pessoas fugindo, veículos queimados e apreensões de drogas.
Este tipo de imagem passou a ser associada ao Brasil pelos estrangeiros após os filmes Cidade de Deus, Carandiru e Tropa de Elite, que exploravam a miséria brasileira e o poderio militar e que foram sucesso de público e bilheteria no mundo inteiro.

Balanço oficial da PM contabiliza 35 mortos no Rio

Rio de Janeiro - O número de mortes nos confrontos dessa semana entre policiais e bandidos no Rio de Janeiro chega a 35, de acordo com o último boletim da Polícia Militar sobre os resultados do combate à recente onda de violência que atinge a Região Metropolitana fluminense.
O comunicado policial indicou que, até agora, os tiroteios e os atos de violência e repressão registram 35 pessoas mortos, 197 detidos, 96 veículos incendiados e três agentes de segurança feridos, além de um número ainda não confirmado de civis hospitalizados.


O número pode ser ainda maior porque o balanço não inclui as ações da Polícia Civil e versões da imprensa que apontam que o número de mortos já chega a 43.

Em uma das operações desta sexta-feira, os agentes apreenderam 900 quilos de drogas em uma casa na favela Vila Cruzeiro, que, junto ao Complexo do Alemão, concentra a maior parte das ações policiais.

Nos incidentes desta sexta-feira, 26, o fotógrafo brasileiro Paulo Whitaker, da agência de notícias "Reuters", foi baleado no ombro enquanto cobria um dos intensos tiroteios do dia.

Whitaker, que estava usando um colete à prova de balas, foi levado às pressas a um hospital do Rio na companhia de vários colegas de profissão, tal como comprovou a Agência Efe. No entanto, ele não corre risco de morte.
A Vila Cruzeiro, que era considerada a favela mais perigosa do Rio devido ao número de bandidos que a usavam como reduto, foi ocupada na quinta, 25, pela Polícia em uma bem-sucedida operação policial que contou com o apoio de seis veículos blindados da Marinha.

Pelo menos 200 bandidos que estavam nessa favela fizeram uma fuga em massa e desesperada, registrada pelos helicópteros de televisão, em direção ao Complexo do Alemão, também controlado pela facção criminosa Comando Vermelho. 

Após o êxito da operação, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, decidiu pedir mais apoio das Forças Armadas, solicitação que foi prontamente atendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além dos 800 membros da Brigada de Paraquedistas do Exército, o Ministério da Defesa autorizou o uso de dez veículos blindados e de três helicópteros da Força Aérea, assim como de equipes de comunicações e equipamentos.

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